Máscaras por vezes falham, mesmo que se possa confeccioná-las de maneira que pareçam perfeitas, alguns rostos parecem simplesmente ter ácido. Não só aquelas que mostram sentimentos artificiais, até o mais básico, e digo isso no sentido de ser primordial para todos os outros, dos simulacros eventualmente se mostra ineficiente, falho. Algumas pessoas aprendem que não se pode mascarar os olhos sem ficar cego. E quando aqueles que se apresentam mascarados desde o início resolvem tirar suas máscaras, causam estranhamento àqueles que aprenderam a amá-las. Sim, aquilo que sempre admiraram fora as máscaras. Nunca olharam para seus olhos por acharem que eram tal como a pele falsa em sua face. E então, removido o espelho, vêem que preferiam ao simulacro, e lutam para que seja colocado de volta. Só não param para pensar que a lua na água só brilhava tanto por estar em um escuro grande demais, e, uma vez perturbada a paz lúcida de sua superfície, e contemplada sua verdadeira natureza, sempre saberão que aquela terrível e profunda treva estará lá, não importa o quão brilhe o espectro alvo da lua. E não conseguirão, então, olhar para nada que não sejam seus olhos, e os temerão para sempre, e tremerão à mera memória. Mas, quem sabe... para alguém que não possa olhar para cima, aquela lua na água é a única que existe. Fato é que é melhor afogar-se tentando pegar o reflexo na água do que viver tentando alcançá-la do céu
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário