A primeira pergunta que provavelmente virá à cabeça daquele que ler o título é: "qual a relação entre cadeiras e solidão?". Nenhuma. Com certeza não há nenhuma relação, exceto é claro, como essa cadeira pode estar, pois aquilo que inspirou este que vos escreve a este título é nada mais do que um círculo de cadeiras. Amigos lado a lado, todos discutindo um mesmo assunto, mas o que poucos perceberam, embora seu destaque, foi uma solitária cadeira a seu centro: vazia, sem vida, rejeitada, à vista de todos mas mesmo assim ignorada. O assunto da discussão? Macabéa. Criação de Clarice, solitária, uma mulher que se destacava por seus hábitos incomuns e incessante desejo de sempre saber mais. Ignorada, rejeitada, traída, morta.
Agora paro pra pensar: estariam realmente as cadeiras não associadas à solidão? Cadeiras nos trazem conforto, algumas, como a da imagem, um espaço para que escrevamos, outras nos proporcionam um apoio para os braços, mas cada um está na sua. Sim, porque não existe uma cadeira para todos? Se todos sentássemos no chão, obviamente, haveria desordem sem igual, sem as cadeiras, provavelmente haveria poucas chances que alguém prestasse atenção no que estiver fazendo, seja isso em casa, seja na aula, em qualquer lugar, sem contar, é claro, os problemas de coluna que isso poderia proporcionar. As cadeiras são portanto, um mal nescessário.
Assim como Macabéa é essa cadeira, porque todos estão à sua volta, mas a tudo dão importância a não ser a ela, porque quando ela for nescessária, será usada, e, depois, rejeitada, deixada para trás, riscada, quebrada, torta, suja, jogada, morta. Mas a verdade, é que nunca esteve viva, nada mais que mero instrumento, criado pelo homem, a serviço do homem, destruído pelo homem, e assim como o homem faz com seus semelhantes, no exato momento em que não tiver mais utilidade, não será mais digna de importância.
Se, para que todos tênhamos segurança no que fazemos, precisemos nos isolar, que assim seja. Se, para que seja conservada a ordem, precisemos nos reprimir, que assim seja.
Se para que possamos crescer, deixaremos aquilo que não tem importância para trás, que assim seja.
Agora paro pra pensar: estariam realmente as cadeiras não associadas à solidão? Cadeiras nos trazem conforto, algumas, como a da imagem, um espaço para que escrevamos, outras nos proporcionam um apoio para os braços, mas cada um está na sua. Sim, porque não existe uma cadeira para todos? Se todos sentássemos no chão, obviamente, haveria desordem sem igual, sem as cadeiras, provavelmente haveria poucas chances que alguém prestasse atenção no que estiver fazendo, seja isso em casa, seja na aula, em qualquer lugar, sem contar, é claro, os problemas de coluna que isso poderia proporcionar. As cadeiras são portanto, um mal nescessário.
Assim como Macabéa é essa cadeira, porque todos estão à sua volta, mas a tudo dão importância a não ser a ela, porque quando ela for nescessária, será usada, e, depois, rejeitada, deixada para trás, riscada, quebrada, torta, suja, jogada, morta. Mas a verdade, é que nunca esteve viva, nada mais que mero instrumento, criado pelo homem, a serviço do homem, destruído pelo homem, e assim como o homem faz com seus semelhantes, no exato momento em que não tiver mais utilidade, não será mais digna de importância.
Se, para que todos tênhamos segurança no que fazemos, precisemos nos isolar, que assim seja. Se, para que seja conservada a ordem, precisemos nos reprimir, que assim seja.
Se para que possamos crescer, deixaremos aquilo que não tem importância para trás, que assim seja.
"So why is it that you loathe us who teeter on the edge of
nothing? We who were turned away by both light and dark
---never given a choice?
No matter what misery befalls the worlds. No matter what you
think, what you feel, or how you exist."
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