segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Surpresa!

É noite, e a luz acaba. Você anda pelos corredores, tropeça, bate com a cara em uma parede e rola escada abaixo. Depois de se recuperar, você procura uma lanterna, encontra, e tenta acendê-la, mas descobre que ela está quebrada, falta um pedaço. A luz volta e você descobre que estava tentando acendê-la do lado errado.

Você está numa praça de alimentação, vira para trás e descobre que seu melhor amigo lhe comprou uma casca de sorvete.

Você entra no banheiro para escovar os dentes, e vê uma barata aparentemente se deliciando em cima do sabonete.

Você não gosta de espelhos. Vai em um banheiro público para lavar as mãos, e fica em um local onde eles não estão, você olha pro lado e é o lugar onde há mais deles, você corre.


Todas essas coisas, boas, ruins, engraçadas ou constrangedoras são o mesmo tipo de sentimento: surpresa. Mas a pergunta é: por que esse sentimento muda dependendo da situação: medo, felicidade? Qual a diferença entre a ansiedade por um presente de natal incerto ou o medo do desconhecido ao entrar em um quarto escuro e estranho? Em ambos os casos, pode ser algo bom, ou ruim, mas ao pensar no presente, a sensação de conforto é maior do que a de ansiedade,e no quarto, o contrário. Não passa porém, de um reflexo da efemeridade e arrogância humana.

Traço, então, um paralelo: a aurora é sempre vista com bons olhos, o nascer do dia e da luz, enquanto ao crepúsculo traz a tristeza, a sensação de fim, a nostalgia. Porém, não são, afinal, tanto um quanto outro, o final de um ciclo? Irreversível, incontrolável e certo como o são as ações humanas, recebem nomes diferentes, mesmo sendo, em base, a mesma coisa. Não se pode nunca esquecer, porém, que o crepúsculo de um significa a aurora de outro.

Aquela inocente casquinha pode ter despertado uma centelha de inveja, ciúmes, uma sensação de abandono em outro que estava por perto, a inocente barata que foi depois cruelmente morta, as pessoas que estavam presentes naquele banheiro e que poderiam ter se sentido ofendidas pelo gesto de correr. Nada foi esperado, suas conseqüências não foram planejadas, mas mesmo assim tudo foi certo e irreversível, não importando suas causas, os sentimentos por trás deles ou seus objetivos, não passou de uma simples surpresa!







Um feliz natal, e que apenas boas surpresas os aguardem.

2 comentários:

Unknown disse...

bonito!!!!

mas vc ganhou casquinha e eu não! Ç_Ç
po, moh vontade aquele dia!!! >_<
e o henrique, viu... afff..
HAUHAUSHUAHSUAHSUAHSUAHUSA

brincadeiraaaaaa! *-*
ser surpreendido é divertido...
e eu nem tinha parado pra pensar nas "milhares" de sensações que a surpresa podia causar! o.o'''

=P

Julia disse...

ah, gostei do post dandaan :) gatchoon é legal :D AUSUAHUAHSUAUSH o/